O que é uma fonte?
Não falamos daquelas fontes de onde se pode beber, mas estas fontes são tão importantes para o conhecimento como a água para matar a sede.
Uma fonte é algo que te dá informação de que necessitas. Podes achá-la num livro, numa página na Internet (a que também chamamos um site) ou mesmo num vídeo com uma entrevista ou documentário onde vais buscar matéria para um trabalho da escola, por exemplo. E é muito importante que digas sempre onde foste buscar essa informação para que os teus professores saibam que aquilo que escreveste não foi inventado, que foste mais longe e investigaste mesmo. Vai contar pontos a teu favor na avaliação.
Quem escreve notícias também não consegue fazer bem o seu trabalho sem fontes e por isso os jornalistas não podem trabalhar sem elas.
Como podes dizer quais as fontes que consultaste?
Podes fazê-lo no texto do teu trabalho, dizendo o título do livro e quem o escreveu (o seu autor), ou escrevendo o endereço da página de Internet de onde o retiraste – a isso chama-se citar uma fonte. Também podes colocar todas as fontes que consultaste no final do teu trabalho.
Não te esqueças que não vale copiar sem dizer de onde tiraste aquela informação.
Podes copiar (ou transcrever) partes do texto do livro ou site que estás a usar como fonte, mas sempre que o fizeres, põe essa parte entre aspas (“) para se saber que não são as tuas palavras mas que quem está a falar no texto é outra pessoa. E, claro, não vale copiar páginas inteiras. Os teus professores também vão querer que resumas algumas coisas nas tuas palavras para saberem que percebeste mesmo aquilo que leste
As fontes também são muito importantes no jornalismo
Já ouviste dizer que há mais do que uma versão para a mesma história? Pois é. Imagina que houve uma discussão no recreio por causa de um jogo de futebol. Tu dizes que o teu colega fez falta, o teu colega diz que não porque foi à bola, os amigos que estão de fora dão razão a um ou a outro.
Se alguém do jornal da escola fosse fazer a reportagem ao local, iria falar contigo, com o teu colega e com quem estava a ver o jogo (as testemunhas), para que cada um lhe contasse a sua versão. E de caminho, até podia falar com o professor de educação física, um especialista na matéria, para que lhe explicasse as regras do jogo. Assim pode comparar melhor todas as versões, recolher mais informação e chegar mais próximo da verdade. Pois todas essas pessoas com quem ele fala são chamadas fontes de informação.
Os jornalistas têm algumas regras para escolherem bem as suas fontes e falarem com elas, para que as suas notícias sejam o mais completas:
- Elas devem ter alguma coisa a ver com a notícia: ou são os protagonistas dela, ou foram testemunhas do que aconteceu, ou até podem ser especialistas (um professor, um cientista ou um investigador que percebe muito daquele assunto e pode explicar a quem sabe menos, por exemplo);
- Os jornalistas devem respeitar aquilo que as fontes lhes disseram. Não podem inventar acontecimentos que elas nunca lhes contaram ou conversas que nunca tiveram com elas. E, sempre que é preciso, transcrevem as palavras destas pessoas como se fossem elas a falar. A isto chama-se discurso direto, uma ou várias frases que estão entre aspas (“), e de que até podes já ter ouvido falar nas aulas de português;
- A maior parte das vezes, o jornalista diz o nome da pessoa com quem fala (ou seja, identifica-a) e a sua profissão (por exemplo, um professor, um ministro, um diretor de uma empresa). Mas quando o bem-estar ou até a vida dessa pessoa está em risco se alguém descobrir que foi ela que falou, ou se ela pedir, o jornalista pode não dizer o seu nome. Nessas situações diz-se que a fonte é “anónima”, para não se descobrir quem ela é;
- Quando recolhe todas as informações para a sua notícia, o jornalista tem que escolher as mais importantes para a notícia ou reportagem que está a fazer porque nem tudo interessa a quem vai ler. E quando dá a palavra aos outros, normalmente evita dar a sua opinião.